****Estive em Vassouras, Paty do Alferes e outras cidades da região em viagem de férias, dois anos atrás, fiquei impressionado com qualidade do turismo na região. O que mais chamou minha atenção foi a parceria que a população conseguiu. Quando parei para almoçar, antes de me trazer a conta, o garçom ofereceu um folheto, com o descritivo do Festival do café que acontece todos os anos naquela região e deu todas as informações necessárias para eu me locomover e achar o local dos eventos na região ou conseguir ajuda para isso. Senti que a população toda participa do evento e apóia a chegada do turista que traz progresso à região e uma melhor qualidade de vida a todos. Temos muito a aprender com isso.**** Vale do Café no Rio convida para ingressar na história Por Santiago Sabella - colaborador do Diário do Turismo |
O Circuito de Outono “Café, Cachaça & Chorinho”, que acontece de 01 a 10 de abril em 12 municípios do Vale do Café, no Rio de Janeiro, oferece atrações que desviam o público do já conhecido roteiro de praias da Cidade Maravilhosa. Em vez do calçadão de Ipanema e do Cristo Redentor, o circuito leva os visitantes a uma viagem ao século XIX: casarões de barões do café, móveis em estilo Luis XV, arquitetura neoclássica, saraus, música popular da época e um verdadeiro festival de gastronomia que inclui comida caseira, doces feito no tacho e degustação de cachaças artesanais.
A intenção dos organizadores é atrair os turistas para o Vale do Paraíba Fluminense, cujas cidades abrigaram importantes barões do café no século XIX e que fizeram parte da história do nosso país, apesar de não constarem na maioria dos livros de história, como explica a historiadora Ana Seraphin. “Especialmente no Rio de Janeiro, a República tratou de apagar as marcas da monarquia, por isso quando se fala em café as pessoas pensam em São Paulo e Minas Gerais e esquecem que o Vale do Paraíba Fluminense é o único lugar que mantém viva a história dos barões e dos escravos do século XIX”. A historiadora se refere aos casarões ainda preservados em fazendas administradas por famílias que herdaram fazendas na região ou que as compraram com tudo o que havia dentro.
A Fazenda Boa Esperança, localizada em Paty do Alferes, oferecerá durante o circuito visitas monitoradas à sua casa principal, onde estão guardados documentos, quadros e móveis do século XIX. No local os visitantes podem conferir peças raras como um livro com a listagem dos escravos que trabalhavam ali, com especificações como nome do escravo, cor, idade, naturalidade, filiação e aptidão. Os atuais proprietários, as irmãs Leda e Marina Barro Branco, juntamente com Fábio Barro Branco, filho de Leda, recebem os visitantes de forma extremamente acolhedora. A especialidade gastronômica da casa são os doces feitos em tacho de barro, como o doce de batata.
Em Conservatória, uma simpática cidade conhecida pelas serestas que aconteciam ali antigamente e pelo belíssimo centro histórico, se apresentarão atrações como desfiles e saraus. No Hotel Fazenda Florença, os visitantes poderão conhecer um enorme e encantador casarão do século XIX (foto), que já serviu de cenário para produções de TV, como as telenovelas Sinhá Moça e Paraíso. Os nobres antigos proprietários da casa a decoraram com muito bom gosto e construíram uma pequena capela que hoje abriga uma coleção magnífica de imagens sacras (foto), produzidas pelo atual proprietário e também artista plástico, Dr. Paulo Roberto de Souza. Além disso, a fazenda expõe carros, carroças e cavalos guiados por cocheiros vestidos a caráter, transportando as mentes turistas para uma época em que as mulheres não saiam de casa com pouca roupa nem sob muito sol.
fonte:-www.diariodoturismo.com.br
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