Campinas para turistas.
Uma das qualidades de Campinas, cidade com
quase um milhão e quinhentos mil habitantes, é ser acolhedora. Isso vem dos
tempos antigos, metade do século XVIII quando aqui era só um ponto de passagem
e pouso. Já naquela época passavam por aqui pessoas em busca de uma qualidade
de vida melhor, eram os tropeiros em busca de fortuna comercializando seus
viveres nos caminhos dos Goyases. Depois foram os comerciantes de café que
usavam essa rota, que tinha então, uma das mais novas e avançadas tecnologias
que o poder do café conseguiu conquistar, a “Maria Fumaça” , apelido carinhoso
que se dava as locomotivas movidas a fogo e fumaça. Essas magníficas máquinas
trouxeram para toda região a capacidade de transporte rápido e seguro e uma capacidade
de gerar riquezas em todos os cantos do estado de São Paulo e Minas Gerais.
Época áurea dos Barões do Café e do Café Com Leite, que dominavam a politica
brasileira.
Os imigrantes mais uma vez vinham em busca
de uma vida melhor, vieram para ficar e continuavam chegando de todas as partes
do mundo, desembarcando nas estações da Paulista e da Mogiana toda tecnologia
aplicada em seus países. Esse foi o grande impulso para Campinas, daqui saíam
produtos com a mais alta tecnologia aplicada e é assim até hoje, agora
devolvendo conhecimento ao mundo através de seu grande número de faculdades e
universidades, inclusive uma das melhores do mundo a Unicamp.
Essa capacidade de
gerar riquezas transformou nossa cidade em um local de passagem para o turismo,
daqui se vai para todos os cantos do mundo, do interior para a praia, tem que
passar em Campinas, se vão fazer compras em São Paulo, passam por aqui, se vão
para o exterior, embarcam aqui. Já se perdeu muito do charme da Maria Fumaça e
de se escutar o sino da estação anunciando sua partida, hoje a turbina do avião e
o ronco dos motores faz esse papel.
Desde quando eu estudava turismo escutava
uma pergunta:
- O que se tem para fazer em Campinas?
Além da riqueza material gerada por nossa
força de trabalho, nossa região tem muito que mostrar em riqueza cultural,
terra de Carlos Gomes e tantas outras personalidades, reuniu aqui uma excelência
em informações artísticas, tanto nas letras como nas artes plásticas, nas
ciências da medicina, industrial e outras tantas.
Esquecemo-nos de informar àqueles que aqui
chegam em busca de curas, como se vê todos os dias no HC da Unicamp pelo enorme
número de ônibus de cidades longínquas, inclusive de outros estados, que eles são
turistas, além de pacientes, o turismo da saúde também faz parte mercado do
turismo.
Esquecemos também dos milhares de homens e
mulheres de negócio que fazem de nossa cidade seu ganha pão, comercializando
seus produtos ou comprando mercadorias, também faz parte do turismo, o de negócios.
A parte mais interessante são os roteiros
de apresentação da cidade, como o Roteiro das Sete Maravilhas de Campinas,
desenvolvido pelo departamento de turismo da prefeitura e usado pela maioria
dos Guias de Turismo para apresentar e contar a história de Campinas.
Esse roteiro começa com a explicação dos
fatos que geraram o pequeno povoado da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de
Campinas do Mato Grosso, uma alusão a sua protetora, Nossa Senhora da Conceição
e ao caminho dos Goyases. Depois disso apresentamos os pontos mais importantes
da história da cidade e assim podemos contar sua evolução nesses anos todos.
Gosto de começar pela Estação Cultura, antiga
estação de trens da Companhia Paulista de Trens prédio tombado, mas que quase
se perdeu no meio da massa falida da companhia.
Estação da Cia Paulista de Trens final século XIX
Restaurado se
tornou um dos marcos de nossa cidade. Depois disso passamos pelo Centro Velho,
onde está localizado o Marco Zero e o Monumento Túmulo de Carlos Gomes, nossa
maior riqueza cultural. Bem ao lado, o Jockey Club Campineiro, nos mostra a capacidade
financeira gerada pelo café, após passamos pela Catedral Nossa Senhora da Conceição, Mercado Municipal,
além de ponto de comercialização de hortifrutigranjeiros do início do século XX
era também uma das estações da Estrada de Ferro Funilense, uma das quatro ferrovias que o café propiciou a cidade. As
outras foram a Paulista, Mogiana e Ramal Férreo Campineiro. Continuando o
roteiro, passamos pelo Castelo, nome popular dado a uma caixa d’água construída
na parte mais alta do centro urbano de Campinas, de tanta beleza essa construção
foi comparada a um castelo, nome que pelo qual ficou conhecido parte do bairro.
Monumento túmulo do Maestro Carlos Gomes.
Na continuação, passamos pelo (no meu ponto
de vista) prédio mais bonito que temos em Campinas, a EsPCEx , Escola Preparatória
de Cadetes do Exército. A construção surge no horizonte duas quadras após a
torre do Castelo, sua cor rosa chama a atenção de todos os turistas, uma cor
que vem da mistura da terra vermelha, composta de óxido de ferro, mais a cal
para formar a argamassa que cobre todo prédio, há outras teorias, mas em meus
estudos entendi que essa é a mais lógica. Essa mistura de cor com a imponência
do prédio construído para ser uma fortaleza da a conotação de beleza a esse que
é uma das maravilhas de Campinas.
EsPCEx. Escola Preparatória de Cadetes do Exército
Para encerrar uma paradinha para uma água
de coco e um passeio no nostálgico bonde, numa linha sem fim no entorno da
Lagoa do Taquaral, antiga fazenda de produção de café que pertencia a Francisco
Barreto Leme, fundador da cidade. Hoje urbanizada é um dos pontos de lazer da população campineira.
Além desse roteiro de apresentação genérica da cidade, há ainda a região de Sousas
e Joaquim Egídio, que eu chamo de “Portal do Turismo Rural” local onde a produção
de café intensa, foi no início do século um dos pontos da cidade com maior
qualidade de vida urbana. Com a “quebra do café”. Esse local ficou esquecido no
tempo e redescoberto na década de oitenta como ponto de encontro rural e de
aproveitamento nas horas de lazer. Por ter um espaço rural preservado, seus
botecos viraram restaurantes e hoje é um ponto de referência na gastronomia.
Venha conhecer
Campinas, além de fazer compras em um dos maiores shoppings da América do sul,
há muito que se fazer em toda metrópole. Se precisar de mais informações,
visite meu blog www.luisnegriguia.blogspot.com
, ou mande email para negriguia@gmail.com, terei o maior prazer
em atender a você sua família ou seu grupo de turistas.
Mural em antiga fazenda da região dava boas vindas aos visitantes. |
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