segunda-feira, 4 de outubro de 2010

*Conheça Campinas*



Companhia Paulista de Estradas de Ferro (CPEF)








Inauguração em 11 de agosto 1872








Primeiro prédio da Estação da Ferrovia Paulista




Com o declínio do preço da cana de açúcar, o café foi tomando conta das lavouras de Campinas, produto que ganhava cada dia mais valor no mercado internacional e trazia riqueza aos grandes produtores de café, os "Barões do Café".



O Transporte desse produto era via navio para a Europa, o grande consumidor, mas, a chegada até o Porto de Santos era por mulas e carroções e trem a partir da cidade de Jundiaí. A "São Paulo Railway", operava esse trecho de ferrovia e não se interessou em expandir sua malha ferroviária. Por isso os "Barões do Café" sob a liderança de Joaquim Saldanha Marinho, presidente da Província de São Paulo, se cotizaram e fundaram A Companhia Paulista no dia 30 de janeiro de 1868, sob a presidência de Clemente Falcão de Sousa Filho, porém as obras de construção da linha iniciaram-se mais de um ano após essa data. Finalmente, no dia 11 de aosto de 1872, com uma bitola de 1,60 m, chamada "bitola larga", foi inaugurado o primeiro trecho, entre Jundiaí e Campinas.



A princípio operava o trecho Campinas-Jundiaí, mas com o aumento da demanda, logo surgiram novos trechos e em 1880 já chegava a Araraquara.



O pátio da "Estação da Paulista" desempenhou o papel de entroncamento viário de diferentes companhias. Da "Estação da Paulista" partiam ou se uniam as empresas Mogiana (1872/1971), Ramal Férreo Campineiro (1889/1911) e Sorocabano (1921/1971), articulando mais de uma centena de linhas férreas capazes de receber, armazenar e fazer escoar milhões de sacas de café, gêneros de abastecimento, maquinarias, artigos de consumo e passageiros em trânsito entre a "capital" e o "interior" de São Paulo.



A Companhia Paulista foi a primeira ferrovia brasileira de primeira linha a implantar a eletrificação de suas linhas, em 1921, desenvolvendo então um ambicioso projeto que logrou dotar 452 quilômetros de suas linhas com esse novo tipo de tração ao longo de 33 anos de obras. A eletrificação adotou a voltagem de 3.000V em corrente contínua e atingia a velocidade de 120 km/h.
Após a implantação extraordinariamente bem-sucedida do programa de eletrificação entre Campinas e Jundiaí, o projeto foi paulatinamente estendido ao longo das linhas de bitola larga da Paulista, alcançando Rincão, na linha de Barretos, em 1928.




Locomotiva Elétrica GE/V8-371 da Cia. Paulista - O Trem Azul






A partir da década de 1950, as mudanças operadas na área de transporte começaram a transferir para o setor rodoviário o papel até então desempenhado pela ferrovia. No início da década de 1970, as antigas estradas de ferro paulistas foram incorporadas à FEPASA e, no curso da década de 1980, a malha ferroviária começou a ser concessionada. No caso de Campinas, a FEPASA manteve o transporte de passageiros até o ano de 2000, vivendo-se desde então um processo de reestruturação e desativação de serviços que colocou em risco a própria sobrevivência do conjunto histórico e arquitetônico do complexo.


Estação da Paulista início século XX

Oficina da Mogiana, localizada ao lado do pátio da Paulista


















fontes:-www.portogente.com.br/texto

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