quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A copa e o turismo

A copa e o turismo na África do Sul.
O Sistema de Controle de Movimento registrou cerca de 1,4 milhão de estrangeiros que visitaram o país durante a Copa do Mundo de 2010, o que representou um aumento de, aproximadamente, 25% quando comparado ao mesmo período de 2009 (Fonte: http://www.sa2010.gov.za/). Para se ter uma ideia, em 2007 a África do Sul impulsionou o fluxo de turistas mais rapidamente do que a média internacional, e o turismo chegou a crescer 7,6% nos primeiros meses do ano de 2008. Em comparação com a marca de menos de 600 mil turistas estrangeiros em 1994, o crescimento registrado é realmente algo que a África do Sul pode celebrar. Ressalta-se que no ano de 2009, aproximadamente 10 milhões de turistas visitaram o país, sendo 37 mil oriundos do Brasil.
Por conta do grande número de visitantes esperados, a África do Sul foi o primeiro país na história da Copa do Mundo a oferecer vistos específicos para o evento, cuja exigência era a comprovação de compra de ingressos para os jogos do Mundial.
Entretanto, organizar grandes eventos esportivos internacionais não foi novidade para o país, que sediou de forma bem-sucedida a Copa do Mundo de Rúgbi, em 1995, a Copa do Mundo de Críquete, em 2003, o Campeonato de Críquete Indian Premier League, em 2009 e a Copa das Confederações, também em 2009, entre outros. Assim, acredita-se que o número de visitantes na África do Sul, que já é um destino turístico importante, deverá ser impulsionado, significativamente, pós-Copa e pequenos negócios do setor de hospitalidade seguirão amplamente beneficiados.
O Tourism Grading Council, fundado pelo Departamento de Assuntos Ambientais e Turismo, tem aumentado a sua capacidade e se empenhado na classificação de alojamentos fornecedores em todo o país. A MATCH-AG, companhia designada pela FIFA para organizar as acomodações para 2010, assinou um termo com o Tourism Grading Council, garantindo que houvesse acomodação suficiente e certificada para o evento.
Pela primeira vez na história, a FIFA considerou as acomodações “não hoteleiras”, como acomodações em parques nacionais, bed and breakfasts, lodges e casas de hóspedes durante a Copa de 2010. Assim, além dos 40 mil quartos oferecidos pelos conveniados à MATCH, o Departamento de Turismo da África do Sul designou verba de 200 milhões de rands (R$ 48 milhões) para a classificação de acomodações em micro, pequenos e médios empreendimentos, de modo que o evento beneficiou toda a indústria do Turismo no país e possibilitou oportunidade única para um número considerável de estabelecimentos de acomodação menores.
Também foram investidos 17 milhões de rands (R$ 4,8 milhões) em festivais de diversos tipos de esporte e outros eventos de recreação, como um programa de futebol de rua, que mobilizou e conscientizou as comunidades, entusiasmando-as para a Copa do Mundo (Fonte: http://www.sa2010.gov.za/).
Dados do ministério do turismo sul-africano estimam que, com a vinda dos turistas internacionais, cerca de 93 bilhões de rands (R$ 22,3 bilhões) foram injetados na economia local (Fonte: http://www.sa2010.gov.za/).
O valor investido para a abertura e o encerramento da Copa do Mundo, assim como o financiamento para o setor das artes e da cultura com a revitalização de centros comunitários visando aproveitar o crescimento do turismo durante o evento, foi de 150 milhões de rands (R$ 36 milhões).

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