domingo, 24 de outubro de 2010

Viracopos. Campinas SP




História de Viracopos SBKP VCP
Aerporto de Viracopos década de 60


Concorde, o avião mais rápido do mundo pousa em Viracopos.


De Nova York a Campinas nos modernos jactos 707


Onibus da Bonavita, atendia o Aeroporto de Viracopos




Com seus 3200 metros de pista, Viracopos recebia Jumbos.

Os pioneiros do aeroporto, os famosos DC 3 e os primeiros funcionários.

O lugar onde está situado o Aeroporto Internacional de Viracopos – Campinas foi descoberto pelos paulistas do Planalto de Piratininga, no século XVIII. Eles abriam caminhos para os sertões de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, quando encontraram terras planas que ofereciam um horizonte amplo e convidativo a audaciosos vôos.
Situado no interior do Estado de São Paulo, mais precisamente a 14 km do município de Campinas, o Aeroporto foi fundado em meados da década de 30, mas apenas nos anos 50, época de considerável expansão da aviação comercial, é que ele teve um rápido e vertiginoso crescimento.
Durante a Revolução de 1932, Viracopos foi campo de operações aéreas dos paulistas. Depois disso, só em 1946, após um longo período de inatividade, foram realizados trabalhos de limpeza e terraplenagem da pista, medida executada pelo Prefeito Joaquim de Castro Tibiriçá, que determinou, na época, a desapropriação de 4.375.892 metros quadrados para a construção do Aeroporto de Campinas.
Além da nova pista de 1.500 metros, o primeiro hangar e a estação de passageiros foram edificados nos anos seguintes. Tibiriçá tinha por objetivo estabelecer naquele lugar um pouso de emergência, onde já existia um pouso meteorológico.
No mesmo ano de 1946, o Aeroporto de Campinas recebe o estreante Douglas DC-3, de prefixo PP-IBB da pioneira Empresa Central Aérea Ltda., que servia a rota Rio de Janeiro – Campinas – Botucatu e São Paulo. Anos mais tarde o Prefeito Ruy Novaes vendeu o Aeroporto de Campinas para o Estado de São Paulo por um valor muito mais baixo que o esperado.
Até o ano de 1950, Viracopos era considerado apenas um campo de pouso civil e alternativo para o deslocamento de vôos internacionais do Aeroporto de Congonhas. E somente em 1957, todos os equipamentos necessários para um Aeroporto Internacional foram construídos e instalados, como a ampliação da pista (14/32) para 2.700 metros x 45 metros.
Finalmente, em 19 de outubro de 1960, data oficial de sua inauguração vem com a homologação de Aeroporto Internacional de Viracopos e passa a entrar para a história da aviação comercial brasileira.
Viracopos já era reconhecido, naquela época, como um pólo gerador de riqueza social e econômica, trazendo status e empregos para a toda a Região a qual hoje constitui a Região Metropolitana de Campinas.
Em junho de 1961, algumas modificações, reformas e ampliações foram necessárias no Aeroporto Internacional de Viracopos, e a estimativa da administração era de que em 2 anos as obras estariam concluídas.
Neste período, não só Viracopos estava sofrendo alterações, mas todo o Brasil. Havia tensões sociais, com destaque para a renúncia de Jânio Quadros em 1961 e, a seguir, em 1964 o golpe militar que depôs o Governo João Goulart.
A disputa entre paulistanos e campineiros pelo tráfego aéreo acalmou-se em 1963, quando o Departamento de Aeronáutica Civil (DAC) cancelou todas as operações de aviões à jato em Congonhas, fazendo de Viracopos o único aeroporto apto a receber todos os aviões à jato dentro do Estado de São Paulo. O motivo da suspensão do pouso dos jatos em Congonhas veio da insatisfação dos moradores da vizinhança devido ao barulho daquelas grandes aeronaves.
Na segunda metade da década de 60, houve a construção de um segundo pátio de manobras, a ampliação do terminal de passageiros e da pista de pouso, acarretando a intensificação no desenvolvimento do transporte de cargas.
Em 1969, no Brasil, a indústria aeronáutica ganhou um grande impulso com a criação da Empresa Brasileira de Aeronáutica – Embraer.
A partir de 1968 a Infraero passou a administrar o Terminal de Carga Aérea de Campinas (TECA), e em 1980, recebeu do DAESP a administração geral do Aeroporto Internacional de Viracopos.
No final da década de 80, Viracopos era o grande aeroporto de passageiros do “Terminal São Paulo”, porém, em 1986, com a inauguração do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, Viracopos perdeu seu grande movimento e seis empresas aéreas transferiram-se para Guarulhos.
Com a necessidade de aliviar rapidamente a saturação do tráfego aéreo paulistano, equacionou-se que cada aeroporto teria uma função.
Assim, Congonhas operaria a ponte aérea Rio – São Paulo, pelas linhas regionais, táxis aéreos e pela aviação geral, Cumbica passa a responder pelas linhas aéreas domésticas, regionais, rede postal, charters e linhas internacionais, de modo geral, exceto os cargueiros puros e Viracopos foi autorizado a operar como Guarulhos, ficando com a exclusividade de cargueiros puros.
Rendendo-se ao destino que lhe foi imposto, na década de 90 Viracopos tornou-se um dos principais aeroportos cargueiros da América Latina.
Em 1997 foi construído o novo Terminal de Cargas de Viracopos e passou a ter sistemas de trans-elevadores, com armazenamentos verticais, câmaras frigoríficas e terminal de cargas vivas em forma de curral. Em 1998, é criada a primeira revista de Aeroporto do Brasil, nasce a Viracopos Magazine. Juntamente com este importante veículo de comunicação, estabelece o Evento de Aniversário do Aeroporto de Viracopos, formando o I Encontro de Usuários e Concessionários de Viracopos.
A seguir, no ano de 2000, Viracopos ganha uma das maiores e melhores Torres de Controle do mundo para, em 2001, alguns estudos revelarem que Viracopos, por sua condição cargueira, já estava entre um dos mais rápidos do mundo no processo de desembaraço aduaneiro. 2002 traz um novo sistema viário para Viracopos.

A nova torre de viracopos (2000)

Nos anos de 2001 e 2003 Viracopos volta a crescer no campo de passageiros, aumentando ano a ano o número de passageiros da Rede Infraero. Isto implicou na inauguração, neste período, de 20 novos hotéis na Região Metropolitana de Campinas.
Cada hóspede do turismo de negócios, estimativamente, gastou em torno de R$ 400,00, num total anual de mais de 2,2 milhões de pessoas participando de eventos em Campinas.
A absorção da demanda gerada por esse fluxo turístico trouxe grandes transformações para Viracopos, sendo que entre 2004 e 2005 foram inauguradas obras de ampliações e, com um novo prédio, recebe novas instalações de check-in, novas lojas e restaurantes, além de aumentar e modernizar as salas de embarque e desembarque para os passageiros.
Pela primeira vez em sua história, Viracopos recebe, em 2006, a presença de um Presidente da República, o Presidente Lula ali assina o convênio de alteração para a ampliação do plano diretor aeroportuário de Viracopos, com proteção para as famílias do entorno do aeroporto, projeta um Aeroporto mais eficaz e moderno, reafirma, ainda, o Aeroporto Indústria em Viracopos e garantia dos investimentos nos próximos anos.
Nesse mesmo ano a Infraero inaugura em Viracopos seu novo Prédio Administrativo e o Anexo de Serviços do Terminal de Logística, a fim de abrigar as equipes dos órgãos públicos que atuam na liberação das cargas aéreas e o Aeroporto de Viracopos recebe o certificado de ISO 9001.
Com as crises aéreas dos Aeroportos de Cumbica e Congonhas, Viracopos volta a ser o grande centro das atenções, reconhecido como a grande opção para absorver o crescimento de passageiros do mercado aéreo paulista.
Viracopos, com o número de vôos alternados para Campinas, com a maior procura pelo transporte aéreo e com a movimentação de passageiros em Viracopos, cresce 23,45%, o que o levou a fechar à temporada passada com um total de 955.744 usuários e 14.095 toneladas de cargas importadas, ambas as maiores marcas de toda a sua história.
O Terminal de Logística de Viracopos opera hoje com cerca de 80% de sua capacidade instalada para importações e 80% para exportações; apesar do crescimento nas importações, a capacidade de processamento de carga de Viracopos ainda não foi comprometida.
Atualmente o Aeroporto de Viracopos, emprega diretamente através da Infraero, cerca de 840 funcionários e, dentre os concessionários diretos do Aeroporto, este número gira em torno de 7.000 empregados. Estima-se que mais de 12.000 pessoas são empregados indiretamente através de Viracopos.
E em 2008, o Presidente da Infraero, na época, Sérgio Gaudenzi assinou um Termo de Cooperação com a Prefeitura de Campinas para dar início ao processo de desapropriação de área próxima de Viracopos. Esse é o primeiro passo para a construção da segunda pista (terá 3.600 X 60 metros) e a ampliação do terminal de passageiros, como lembra o presidente da Infraero. Com a assinatura do Termo, a Infraero prevê o desalojamento de cerca de 200 famílias, além de áreas urbanas desabitadas (terrenos), ou seja, cerca de três mil processos de desapropriação, com um custo estimado em indenizações de R$150 milhões.
Segundo o atual Presidente da Infraero, o novo plano diretor do Aeroporto Internacional de Viracopos visa torná-lo em 2025 no maior aeroporto do Hemisfério Sul.
Desta forma, a inclusão da Festa Comemorativa da Fundação do Aeroporto de Viracopos, em Campinas, realizada anualmente no dia 19 de outubro, de idealização e organização da Viracopos Magazine, entra no Calendário Turístico do Estado é medida que projetará a importância e a grandeza de Viracopos no contexto do desenvolvimento de Campinas e Região, bem como do desenvolvimento global do nosso Estado e, na escala atual de suas operações, inserido como elo fundamental no encadeamento do crescimento e desenvolvimento brasileiro.
E em 09 de Abril de 2009, através do Vereador Zé Carlos do PDT, entra no calendário oficial do Município de Campinas. E definitivamente coloca o evento como um dos mais importantes do Brasil.
fonte:- www.viracopos-vcp.com


2 comentários:

  1. Não conhecia a estória!!!! muito legal... você podia postar alguns "causos" de suas idas ao Observatório Astronômico.... precisamos de estrelas.... no céu... e... heheehehhe beijos

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  2. Caro Luis,
    Bom dia.
    Estou terminando de escrever um pequeno livro contando a história da Central Aérea, que não terá fins lucrativos e vai ser publicado através da AgBook.
    Esta foto que mostra um DC-3 com várias pessoas na frente, você sabe a quem pertence, a quem eu poderia pedir permissão para utilizá-la?
    Agradeço pela atenção.
    Lineu Carneiro Saraiva
    lineusaraiva@hotmail.com
    www.aeromuseu.com.br

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